O papel hegemónico das organizações não-governamentais e agências internacionais na conceptualização da infância

  • Mara Tissera Luna RELAF, La Red Latinoamericana para el derecho a vivir en familia (www.relaf.org)
Palavras-chave: Organizações internacionais, conceção universal da infância, cooperação internacional, direitos das crianças e adolescentes.

Resumo

Nas últimas décadas, as organizações não-governamentais e agências internacionais obtiveram um papel hegemónico na conceptualização da infância e em descrever e analisar as problemáticas relacionadas com o tema e que são dignas de intervenção. Apesar da heterogeneidade das origens e da filiação dos atores que contribuíram para a formação dos movimentos a favor das crianças e das diferentes conceptualizações de infância que defendiam, a conceção que se tornou hegemónica é a que assenta no protótipo de infância pertencente, historicamente, às classes burguesas da Europa e da América do Norte, baseada no caráter incompleto e dependente das crianças, bem como no seu cuidado e proteção. Neste artigo, é apresentada uma breve revisão histórica dos movimentos internacionais de defesa da infância desde os seus inícios, no princípio do século XX, com o foco nos debates sobre as conceções da mesma. Centramo-nos, particularmente, na forma como o desenvolvimento dos aparelhos de intervenção dos atores do humanitarismo e da cooperação internacional conduziu à legitimação de uma conceção “universalizante” da infância e de uma abordagem de planeamento e desenvolvimento de ações globais em favor da mesma baseada no tratamento e na proteção das crianças.

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Biografia Autor

Mara Tissera Luna, RELAF, La Red Latinoamericana para el derecho a vivir en familia (www.relaf.org)

Graduada de la Maestría en Administración de la School of Public Policy de la Central European University y de la Licenciatura en Ciencias Antropológicas de la Universidad de Buenos Aires, y se desempeña actualmente como consultora sobre las políticas de protección de menores no acompañados y separados (MENA) para la RELAF, la Red Latinoamericana para el derecho a vivir en familia (www.relaf.org). Previamente desempeñó las tareas de coordinadora de relaciones internacionales e investigadora en la misma organización. Asimismo, desarrolló tareas de investigación académica como becaria en el Departamento de Ciencias Antropológicas de la Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad de Buenos Aires, como parte del equipo UBACYT dirigido por Dra. Carla Villalta.


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Publicado
2018-08-08
Como Citar
Tissera Luna M. (2018). O papel hegemónico das organizações não-governamentais e agências internacionais na conceptualização da infância. Sociedad e Infancias, 2, 39-57. https://doi.org/10.5209/SOCI.59289