Chamada a contribuições 2025 Volume 9(1) Publicação: primeiro semestre de 2025 Crianças diante do consumo, consumismo e publicidade: ¿consumidores ou “consumíveis”?

2024-09-26

Crianças diante do consumo, consumismo e publicidade: ¿consumidores ou “consumíveis”?

Data limite para recebimento de artigos: 15 de fevereiro de 2025

O consumo é um fenômeno antigo, embora tenha assumido diferentes dimensões, modalidades e significados ao longo do tempo. Atualmente, pode ser caracterizado como universal, multifacetado e multidimensional. A infância e a adolescência entraram no foco do consumismo no momento em que seu valor mudou no sistema produtivo, sua sentimentalização as transformou em uma metáfora e investir nelas passou a ser uma aposta para o futuro (Zelizer). Além disso, historicamente, as crianças têm experiência como atores econômicos, seja como trabalhadores ou como pessoas que adquiriram, trocaram e colecionaram produtos (Schor).

O marketing e a publicidade, devido às suas próprias necessidades de crescimento, desempenharam um papel decisivo na transformação das crianças em consumidores autônomos e capazes, o que não deixa de representar uma paradoxo.

As novas práticas de consumo na infância e adolescência têm gerado situações de alerta e desconfiança por parte dos adultos em relação ao tipo de consumo que crianças e adolescentes podem realizar e, em alguns casos, pelos processos de adultização precoce vinculados ao consumo de produtos de moda.

Sob sua própria perspectiva, o consumo na infância e adolescência está diretamente relacionado à construção da identidade. E, portanto, ao grau de vínculo com a comunidade de pertencimento, que requer processos de identificação mútua por meio de artigos de moda ou do consumo de marcas, que afetam, em certo grau, a relação entre iguais.

Este breve esboço nos coloca diante de um panorama complexo que tem como novidade a presença de crianças e adolescentes em uma diversidade de âmbitos de consumo, favorecida pelo auge da Internet e, sobretudo, pelo uso de aplicativos, compras através de plataformas digitais, ou a mercantilização das mensagens de crianças influenciadoras.

Neste monográfico, Sociedade e Infâncias pretende situar o debate em um contexto amplo, onde se contemplem as diferentes derivadas das formas de consumo e estímulo do consumo na sociedade atual, abordando questões como a consideração das crianças como consumidores vulneráveis ou incompetentes, sua suposta incapacidade para tomar decisões de consumo, ou os efeitos de um adultismo encoberto sob a aparência de sua plena aceitação como atores no modelo consumista vigente.

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