ela/dela Luz e cor: a estética artificial do cinema queer brasileiro contemporâneo
Resumo
Resumo. Este artigo objetiva investigar as estéticas do artifício do cinema queer brasileiro contemporâneo por meio de alguns conceitos-chave como o camp, o lindo e a noção de superfície, a fim de compreender como estes se articulam entre si e como estabelecem relações com a luz e a cor enquanto elementos importantes que indicam uma distinção imagética queer. Ao estabelecer uma plataforma crítica contrária à hegemonia cis-heterossexual, o artigo não apenas convida à reavaliação dessas expressões, mas também busca enriquecer o domínio dos estudos queer e da estética dentro do âmbito cinematográfico. A discussão busca aprofundar temáticas relativas à iluminação, elemento intrínseco para a existência do cinema. No entanto, essa exploração transcende o domínio técnico, examinando como a iluminação tem a capacidade de perdurar e criar percepções realistas ligadas à tradição cristã. Assim, o papel da luz no estudo também é investigado sob uma perspectiva moral, destacando sua habilidade de articular valores visuais na narrativa. Ao mesclar as complexidades das estéticas do artifício com uma análise aprofundada da iluminação cinematográfica, este estudo procura aprimorar a compreensão das várias camadas que permeiam o cinema queer brasileiro. Nesse processo, explora-se como este cinema vai além de lugares da representatividade e trabalha em distinções da imagem ao desafiar e modificar noções convencionais da linguagem cinematográfica.
Palavras-chave: cinema queer brasileiro; estética queer; estética do artifício; cor no cinema; luz no cinema
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