Mapas, vozes e cotidianos urbanos: como se espacializa a vida de crianças em uma escola pública no Rio de Janeiro
Resumo
O presente artigo trata da investigação sobre as narrativas de crianças circulam pela cidade do Rio de Janeiro e chegam ao Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (CAp-UERJ). O contexto geográfico do CAp-UERJ não é de uma instituição de ensino regionalizada no bairro. Isso significa considerar os deslocamentos de seus estudantes, moradores de diversas regiões da região metropolitana, e as relações de movimento e liberdade que estabelecem com os espaços. Na tentativa de compreender as formas infantis de vivenciar o modelo espacial urbano e suas singularidades, buscamos estudar os caminhos cotidianos, territórios e paisagens. A ideia da pesquisa com crianças implica afirmar uma opção política mais horizontal, a partir da espacialização da vida dos estudantes. Lev Vigotski e Alexander Luria, teóricos da perspectiva histórico-cultural, foram os interlocutores no cotejo acerca da compreensão das crianças como seres de linguagem, estabelecendo um elo com a Geografia da Infância no que diz respeito a pensar a condição humana situada no espaço e no tempo, uma unidade. Como metodologia, trabalhamos a pesquisa qualitativa a partir da observação e registro das vivências espaciais infantis por meio de cartografias, notas de campo e rodas de conversa produzidas por estudantes de uma turma pertencente ao quinto ano do ensino fundamental. Marca-se, portanto, a condição de autoria das crianças através de suas múltiplas linguagens. A investigação permitiu identificar quais são os lugares infantis que se constituem na cidade e suas demandas por justiça existencial. Ao relatar as vivências com crianças dos anos iniciais, ganha relevo uma reflexão que contribua com os debates em torno da influência da localização geográfica na sociedade.
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