Infâncias latino-americanas: Civilização racista e limpeza social. Ensaio sobre violências coloniais e pós-coloniais

  • Manfred Liebel Investigador independiente
Palavras-chave: América Latina, colonização, infâncias indígenas, racismo, violência.

Resumo

Na colonização da América Latina, de modo semelhante ao que ocorreu noutras regiões, os conquistadores europeus consideravam os povos indígenas como acriançados ou infantis. As analogias infantilizadoras atribuiam aos povos colonizados um intelecto limitado, o que permitia justificar não só a colonização como uma missão civilizadora, como as atitudes discriminatórias e racistas para com as crianças desses povos e aquelas que eram produto das relações sexuais entre conquistadores e mulheres indígenas e as de ascendência africana. Neste ensaio, o autor apresenta práticas diferentes, mas cujas origens são semelhantes: primeiro, a arbitrariedade racista de chamar a estas crianças “ilegítimas” ou “irregulares”; em segundo lugar, o tratamento que foi dado às crianças indígenas e afrodescendentes, a fim de os “civilizar”; e terceiro, a perseguição e “limpeza social” contra as crianças que não cumpriam as ideias predominantes de uma infância socialmente aceite. Estas práticas baseavam-se em conceitos racistas dos governantes coloniais e têm um impacto nas sociedades latino-americanas até hoje.

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Biografia Autor

Manfred Liebel, Investigador independiente
Profesor emérito de sociología en la Universidad Tecnológica de Berlin; profesor invitado de la Universidad Libre de Berlín y de la University of Applied Sciences de Potsdam; fundador de la Maestría Childhood Studies and Children's Rights en la Universidad Libre de Berlín y patrocinador de la misma en la University of Applied Sciences de Potsdam; asesor de los Movimientos de Ninos, Ninas y Adolescentes Trabajadores de América Latina, África e India.
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Publicado
2017-08-10
Como Citar
Liebel M. (2017). Infâncias latino-americanas: Civilização racista e limpeza social. Ensaio sobre violências coloniais e pós-coloniais. Sociedad e Infancias, 1, 19-38. https://doi.org/10.5209/SOCI.55646
Secção
Monografía