Memórias desterradas e saberes outros. Re-existências afrodescendentes em Medellín (Colômbia)

  • Vladimir Montoya Arango
  • Andrés García Sánchez
Palavras-chave: Afrodescendentes, Espacialidades do desterro, Memórias desterradas, Re-existências, Medellín (Colômbia)

Resumo

O desterro na Colômbia constituiu-se num dispositivo de dominação e controle sócio-espacial que na última década espoliou aproximadamente a quarenta milhões de pessoas, das quais a maioria são afrodescendentes e indígenas. Para os povos afrodescendentes o desterro está associado ao sequestro escravista, à discriminação racial e à violência que lhes subalternizou e (geo)situou como perdedores e vencidos na guerra contemporânea. Os afrodescendentes, errantes e desenraizados, são portadores de memórias desterradas, que encarnam saberes invisibilizados na identidade nacional e relegados na geopolítica da produção e circulação do conhecimento. Neste trabalho exploraremos como a experiência do desterro afrodescendente em Medellín produz a resistencia de sujeitos políticos que procuram a sobrevivência física e gerem espaços de inclusão social. Reexistir a partir da afro-colombianidade implica: articular diferentes saberes e práticas para motivar solidariedade; colocar em prática formas criativas de ser/estar/pensar e produzir espacialidades em meio à precariedade urbana.

Downloads

Não há dados estatísticos.

##submission.format##

##submission.crossmark##

##submission.metrics##

Publicado
2010-11-05
Como Citar
Montoya Arango V. y García Sánchez A. (2010). Memórias desterradas e saberes outros. Re-existências afrodescendentes em Medellín (Colômbia). Geopolítica(s). Revista de estudios sobre espacio y poder, 1(1), 137-156. https://revistas.ucm.es/index.php/GEOP/article/view/GEOP1010120137A
Secção
Artigos