Geopolítica olímpica pós-guerra fria: conflitos territoriais refletidos e reforçados nos Jogos Olímpicos

Palavras-chave: Olimpíadas, geopolítica, esporte, conflitos territoriais, costura territorial

Resumo

A ligação entre política e eventos esportivos é um fenômeno que exerce efeitos não somente nas relações interestatais como também na política interna dos Estados, em particular naqueles que sediam esses eventos. Este artigo tem como objetivo explorar o potencial político dos esportes no mundo atual, em especial o papel dos Jogos Olímpicos no panorama internacional em um contexto de geopolítica pós-Guerra Fria. O artigo analisa um ritual icônico desse megavento, o revezamento da tocha olímpica, buscando apresentá-lo como uma ferramenta utilizada para reinvidicações territoriais em disputas de soberania, por meio do que denominamos como costura territorial. Para isso, quatro edições das Olimpíadas foram centrais para a pesquisa, já que foram identificados conflitos de caráter político-territorial: Barcelona, 1992; Pequim em 2008; Londres em 2012; e Tóquio em 2020. A metodologia de pesquisa combina duas estratégias: mapeamento e análise da seleção espacial das cidades escolhidas para a passagem da tocha olímpica e a realização de uma pesquisa de acervos de jornais locais de cada sede olímpica no período dos Jogos. Para triangulação metodológica, materiais oficiais dos Jogos Olímpicos e dos comitês olímpicos foram analisados. Desse modo, o caráter geopolítico do sistema olímpico é exposto por meio desse específico ritual dos Jogos e exalta-se a importância dos esportes no cenário político mundial.

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Publicado
2023-06-09
Como Citar
Magalhães de Oliveira Del Rosso Soares M., Abreu de Azevedo D. y Vargas López de Mesa G. M. (2023). Geopolítica olímpica pós-guerra fria: conflitos territoriais refletidos e reforçados nos Jogos Olímpicos. Geopolítica(s). Revista de estudios sobre espacio y poder, 14(1), 91-115. https://doi.org/10.5209/geop.83448
Secção
Artigos