Dinheiro: Uma análise de Smith e Hume a partir da metáfora como Instrumento cognitivo
Resumo
O papel do dinheiro na economia continua a ser um fenómeno sem uma posição clara na teoria económica (Cartelier 2018). Após extensa discussão teórica, este enigma levou a um resultado desanimador em termos de política económica: “o dinheiro é o que o dinheiro faz”. Ou seja, o dinheiro carece de explicação conceptual e, como existe e não pode ser ignorado, assume-se que é importante pelas funções que desempenha. Isto apenas indica uma falta de compreensão das suas propriedades fundamentais. Este documento propõe que, através da análise metafórica, podemos avançar cognitivamente na compreensão do dinheiro (Richards, 1936; Black, 1982; Mary Hesse, 1966; Boyd, 1993; e Lakoff & Johnson, 1980). Segundo Fiori (2022), a metáfora cumpre duas funções principais: 1. Direciona a pesquisa e 2. Facilita a identificação de relações causais em fenômenos complexos. Autores como Smith e Hume parecem ter percebido essas duas funções, propondo respectivamente as metáforas do dinheiro “como a grande roda da circulação” e “como o lubrificante da economia”. Este documento analisa, com base nas funções indicadas por Fiori, o papel destas duas metáforas. Sobre o primeiro tópico, conclui que, para Smith, a metáfora direcional do dinheiro fornece uma perspectiva de dinheiro endógeno, enquanto no caso de Hume, oferece uma perspectiva de dinheiro fornecido exogenamente. Sobre o segundo tópico, a resposta de Smith é que o dinheiro não tem valor, portanto não gera pressões inflacionárias. Em contraste, para Hume, o dinheiro tem valor, gerando benefícios a curto prazo e pressões inflacionistas a longo prazo.
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